segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Silencia...

We'll fast forward to a few years later
And no one knows except the both of us
And I have honored your request for silence
And you've washed your hands clean of this

[Alanis Morissette - Hands Clean]

Uma das dificuldades que comumente se vê (cantada inclusive em músicas populares) é a diferenciação entre amizade e um relacionamento afetivo mais... hum... digamos “direto” (namoro, casamento e tal).

Talvez por uma vontade incontrolável sentimos essa necessidade de “sugar até o bagaço da uva” (analogia feia essa, mas é bom como se porta o ser humano).

Construída ao longo de um período considerável, a amizade é um sentimento estável e que empresta essa estabilidade a situações difíceis vividas pelos amigos. Dessas oportunidades (essa de problemas vencidos) surge um conforto que entrega um como “doce” para o ser. Aqui surge a questão.

Desfrutando de toda a liberdade de que um amigo é portador (toques, conhecimento da intimidade e tal), esse mesmo se engana ao imaginar por dentro de si um afeto “maior”. Sem observar corretamente a outra parte, declara-se em amor-conjugal.

Daqui para diante se sabe o que advém: distância.

Agora não se tem o que se tinha. Gerado esse “desconforto”, a amizade se torna abalada. Mas uma amizade abalada não é mais uma amizade.

...

Escutando Alanis percebi uma verdade comportamental. A inconseqüência é um fato. Quer-se viver tudo e não se quer as reações consecutivas aos fatos.

O mais abismal são essas formulações contratuais: “Nós fazemos e depois esquecemos, tá?”

Entenda-se uma coisa dessas...

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