segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Pilotem suas cabeças

Em um comentário de um post do Doces Deletérios, é citado a não existência da ‘opção sexual’ e sim a existência da ‘orientação sexual’. Pareceu-me de grande verdade essa frase, ainda mais sob a argumentação de que a pessoa não consegue realmente escolher em que rumo orientar sua sexualidade.

O frei Adso de Melk (eu acredito que ele tenha existido realmente) disse que “o sono diurno é o mesmo que o pecado da carne: por mais que se o tenha, não sacia”. Faz-se observância aqui ao fato de serem considerados ‘pecado da carne’ não só os atos sexuais, mas os males de toda ordem. Ainda assim, ressalta-se o ato sexual como uma conspurcação e que deve existir glorificado através da luz da reprodução da espécie. Não é visto como um ato de equilíbrio e aproximação de dois seres viventes que se precisam reconhecer próximos de sua forma sans masques e direta.

A monogamia é considerada um grande passo do ser humano na evolução. Disso remonta-se a isso: o que é monogamia?

Por definição, temos do grego mónos (único) + gamos (casamento), ou seja, um único casamento. Então necessitamos reconhecer o que é casamento. “União legítima entre homem e mulher” é o que se diz. Como é uma união ilegítima entre homem e mulher? Sobre que conceito se pode basear o legítimo ou o ilegítimo? Talvez o legítimo queira dizer que exista a confidência, a confiança, a paridade, a liberdade de ser, o conforto, o carinho, a compreensão, a vida em comum entre o casal. Mas se sabe de casais que não têm nenhum desses requisitos (nem mesmo algo similar!) em seu consórcio. Outros ainda não os têm em casa, mas os têm em amigos que são verdadeiros cônjuges se observarmos as características do casamento que espuzemos acima. E há vezes em que se chora colado a ombros de alguém que não se quer sobre uma cama. São esses os amigos verdadeiros. Esses amigos são amados de todo o nosso coração e, nem por isso, os queremos como nossos pares em relações sexuais.

Aqui chegamos a um ponto em que estou certo que alguém está lendo e já pensou: existem formas diferentes de amar. Faz sentido. Faz sentido... Faz sentido? Faz sentido?!?!?!??!

Onde está assentado o amor que temos por nossos amigos? E onde está baseado o amor que temos pelo nosso cônjuge? O primeiro no amor-amor e o segundo no amor-sexo?

Estou em dúvida. Comente aqui e me auxilie a sair dessa dúvida.

O que sei é que temos amigos muito amigos nossos, mas, se eles se aproximam e demonstram intenções consorciais conosco, nunca mais usufruem da amizade que se sutinha até aquele momento.

...

Você já fez sexo sem amor? Pois é. Ele cansa; ele vicia; ele rança; ele apodrece as víceras do pensamento e amortiza os efeitos da razão; degrine; esturdia; estrainece.

Você já fez sexo com amor? Pois é. É amor. E qualquer coisa feita com amor é boa e não cansa, não vicia, não rança, não apodrece as...

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