quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Paixão e situação

Ontem, conversando com um amigo, assuntávamos sobre paixões. Mais tarde, em casa, me pus a pensar (novamente) sobre elas. (Novamente) Cheguei à conclusão de que – em romance – existem dois tipos de paixões:

- Paixão por uma pessoa e;

- Paixão pela situação.

A principal diferença entre as duas é que na paixão por uma pessoa nos decidimos a mudar as nossas características e nos inserimos na realidade dessa pessoa como participante, enquanto na paixão pela situação buscamos convergir o maior número de variáveis a um único ponto de relacionamento, sendo a maioria das vezes a pessoa “amada” esse foco.

Nas mais das vezes, a paixão é algo que passa. Se for paixão por uma pessoa, o desenlace é fácil e relativamente rápido. Se for paixão pela situação, o mesmo desenlace se torna penoso e crítico, já que o número de variáveis envolvidas é muito grande. Todo um maciço de amigos que foram projetados para dentro dessa situação terão obrigatoriamente de se posicionar em favor de uma das partes e contra a outra. Essa separação não é única e exclusivamente do ex-conjuge, mas sim de TODOS os que foram inseridos no corpo da relação. Não há saída ilesa desse trâmite.

Para aqueles que construíram essa "galé", um aviso: todos os “remadores” que foram “contratados” atiraram-se no mar, te abandonando. Levaram ainda todos os sinalizadores e NÃO IRÃO buscar socorro para quem estava aproveitando a brisa da situação e agora está remando sozinho no convés...

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