Outro dia estava lendo um conto de Caio Fernando Abreu: Os dragões não conhecem o paraíso. Realmente não me identifiquei. Não conheço (ainda) Caio F. e muito provável seja por isso que não haja me identificado com o texto que li.
Em particular, não consigo ter com quem não conheço. Relativamente, isso me “protege” de paixões. Mas houve uma vez...
Há coisas das quais gostamos; há coisas das quais não gostamos. Some aos dois tipos os traços que não vemos.
O que nos faz gostar é muito mais o que não vemos do que o que se consegue ver.
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De letras, não muito conheço. O melhor jogo de palavras, a melhor ordenação vocabular que já cheguei a admirar foram as palavras-cruzadas. Os melhores poemas, os que me ajudaram a me compreender no mundo foram as tirinhas de Hagar, O Terrível.
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Entre os dragões e as palavras-cruzadas fico com as entrelinhas, que é justo a parte que não vejo; que é justo o que não sei...
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